A Escola Sesc de Ensino Médio promove de 05 a 10 de novembro de 2018 a primeira edição do projeto PANGEIA. Inspirados na imagem do supercontinente chamado Pangeia, existente há 200 milhões de anos, que reunia os territórios dos atuais continentes Américas, Europa, Ásia, África, Antartica e Oceania, buscamos promover encontros entre diferentes expressões artísticas, línguas e territórios.

O projeto se apresenta como um festival internacional multi-linguagem, reunindo artistas e grupos nacionais e de estrangeiros residentes no país. Serão realizadas oficinas, apresentações artísticas mediadas com grupos escolares, residência artística, apresentações musicais, espetáculo de dança e exibição de longa metragem.

Com essa iniciativa, a Escola Sesc de Ensino Médio, por meio de sua Coordenação Geral de Cultura, reafirma o seu compromisso com uma educação do século XXI, conectada com as questões globais por meio da promoção de intercâmbios artísticos e trocas culturais, além do encontro entre povos, identidades, línguas e sotaques, promovendo a diversidade cultural e o direito à cultura.

PROGRAMAÇÃO

7 DE NOVEMBRO • QUARTA-FEIRA

Anaïs Sylla (França)

19h30 | Local: Teatro

As influências da cantora e compositora Anaïs Sylla podem ser encontradas pelas ruas de Paris, São Paulo e, ao mesmo tempo, em Saint-Louis, no Senegal. Nascida na França e neta de senegaleses, a artista fez da sua trajetória de vida, itinerante e plural, a essência para criar a sua identidade musical. Em setembro de 2018 lançou seu EP de estreia, “Anaïs Sylla” (Ori Records), que traz em suas 4 faixas o resultado da mistura dos elementos de sua pesquisa musical e antropológica, combinados à produção eclética do músico e produtor Tó Brandileone. O Haïti do presente, território francófono, múltiplo e berço do despertar das primeiras revoluções negras e da música créole de diáspora, se encontra com as matrizes africanas do Brasil e do Senegal no repertório deste show que traz, além das 4 faixas que integram o EP, outras 7 canções inéditas da cantora e releituras de Francis Bebey (Camarões) e Toto Bissainthe (Haïti).

Banda: Anaïs Sylla – voz e composições | Caê Rolfsen – guitarra, mpc e direção musical | João Deogracias – baixo e synth | Thomas Harres – bateria e mpc

 

08 DE NOVEMBRO • QUINTA-FEIRA

Oficina de Música da África Bantu (Zimbábue e Moçambique)

16h30 às 18h30 | Local: Sala 13 – Ala Azul

A atividade será desenvolvida por Luiza Gannibal, uma das idealizadoras do projeto Mbiracles. Com o objetivo de propiciar aos participantes a vivência e o conhecimento prático da cultura do povo shona através do uso e manuseio da mbira, hosho (chocalho shona) e ngoma (tambores), serão abordados os seguintes conteúdos: aprendizado de temas tradicionais na mbira e de cantos em língua shona e em português; contação de histórias pertencentes à tradição oral do povo shona; e introdução a elementos importantes do universo da cultura da mbira. Luiza Gannibal é jornalista formada pela UFRJ, mestre e doutora pela USP (com extensão na Universidade de Machester na Inglaterra), onde estudou literatura e musicologia. Juntamente com o músico e pesquisador Fabio “Mukanya” Simões idealizou o projeto Mbiracles, a partir de expedições que realizaram na África, no Zimbábue e em Moçambique. Como musicista e educadora, se dedica à investigação da formação musical por meio da música tradicional e dos instrumentos de origem africana.

Das 16h30 às 18h30.

Livre. Indicado para pesquisadores, músicos, educadores e interessados em música africana. Não é necessário ter iniciação musical.

Vagas limitadas.

 

Crash, da Cia Uppercut (Dinamarca) e DF Zulu Breakers (Brasil)

19h30 | Local: Teatro

Crash é um espetáculo poético e humorístico de dança urbana-contemporânea, coreografado por Stephanie Thomasen. Sete dançarinos, sendo 4 brasileiros e 3 dinamarqueses, colidem no palco em um espetáculo sobre trocas culturais e compreensão mútua. O trabalho surgiu como um projeto intercultural idealizado pela pesquisadora Deborah Doodd Macedo para criar um espaço de troca de experiências e inspiração entre o Uppercut Dance Theater, na Dinamarca, e DF Zulu Breakers, com sede na periferia de Brasília. As duas companhias de dança começaram a desenvolver o Crash a partir do seu primeiro encontro em Copenhague, realizado em 2015. Este encontro se desdobrou em vários formatos do espetáculo. Além da apresentação, o grupo desenvolverá uma residência artística na Escola Sesc, entre os dias 05 e 08 de novembro, numa intensa rotina de ensaios, intercâmbios e oficina, culminando na apresentação do dia 08 de novembro.

Com: Yuri Domingos Da Silva | Mark Philip | Robson Luis de Barbosa (Robin) | Raphaël Eder-Kastling | Vitor Hamamoto | Lukas Larsen | Emanu Rodrigues

Direção e coreografia: Stephanie Thomasen

Música: Alexander Skjold

 

09 DE NOVEMBRO • SEXTA-FEIRA

“Assim que abro meus olhos” (França, Tunísia e Bélgica)

15h | Local: Teatro

Verão de 2010 em Túnis, na Tunísia, alguns meses antes da Revolução de Jasmim. Enquanto o regime de Ben Ali cai, Farah (Baya Medhaffer), uma garota de 18 anos, se junta a uma banda de rock politizada e descobre o álcool, o amor e os protestos. Indo contra a vontade da mãe, Hayet (Ghalia Benali), que conhece os tabus do país, Farah mergulha cada vez mais nesse mundo, sem suspeitar do perigo de um regime político que a observa e se infiltra na sua privacidade. Para proteger a filha, Hayet fará o que for preciso, inclusive, reviver as feridas da sua própria juventude.

Título original: À peine j’ouvre les yeux. Direção: Leyla Bouzid. Duração: 106 minutos. Lançamento: 2017. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos.

 

Rio Nikkei Taiko (Japão) + bate papo

19h30 | Local: Teatro

O Taiko é uma expressão cultural milenar do Japão, que representa em si o tambor tradicional de estilo japonês e também um estilo de música percussiva bem característico em ritmo, melodia e forma de apresentação. No Japão é conhecido também como Wadaiko. Sabe-se que por mais de 1.500 anos essa arte vem sendo praticada, expressando a cultura japonesa em seus mais diferentes aspectos. A partir da década de 50, essa expressão cultural ganha um novo formato de apresentação musical e coreográfica, projetando-se internacionalmente. A Associação Nikkei do Rio de Janeiro é uma organização civil sem fins lucrativos, de cunho sócio-cultural, que congrega a comunidade nipo-brasileira e simpatizantes da Cultura Japonesa da cidade do Rio de Janeiro. Desde 2003, o grupo Rio Nikkei Taiko desenvolve seu trabalho artístico e cultural, se apresentando em diversos eventos como: Festivais de Taiko promovidos pela Associação Brasileira de Taiko, onde alcançaram o prêmio maior na Categoria Master nas edições de 2010, 2011 e 2012, Copa do Mundode Futebol (2014), Olimpíadas (2016) e na comemoração dos 110 Anos da Imigração Japonesa (2018).

 

10 DE NOVEMBRO • SÁBADO

Victoria Saavedra (Colômbia)

17h | Local: Teatro

A jovem cantora e compositora colombiana Victoria Saavedra é sinônimo de sonoridades latino-americanas em trânsito pelo tempo e espaço. Sua música transcende e transpassa as extensões continentais ao mesmo tempo que conecta as antigas tradições com a contemporaneidade. Natural de Neiva, importante cidade entre cordilheiras e rios no Sudoeste da Colômbia, Victoria sempre teve uma estreita relação com variadas sonoridades regionais. Há 7 anos, a artista escolheu São Paulo como sua base irradiadora, onde conta com grande reconhecimento em diferentes esferas culturais. A mais lapidada prova disso é o seu delicado e autêntico primeiro trabalho autoral, Remanso entre Raízes. Lançado em junho de 2017 o álbum tem como ponto de partida o universo da canção latino-americana, com elementos rítmicos e matizes da música africana e da música brasileira. Remansos entre Raízes foi destacado em veículos como o portal IG, Guia da Folha e sites da Rolling Stones e Billboard. Cantado em espanhol e português, seu repertório traz um mosaico de gêneros musicais onde se sobressai a qualidade dos arranjos, a criatividade compositiva e o inconfundível timbre e potência vocal da cantora.

Banda: Victoria Saavedra – voz e composições | Mateus Porto – violão de sete cordas | Matheus Prado – percussão | Daniel Warschauer – acordeão | Pedro Dona – baixo

 

Jesuton (Inglaterra)

19h | Local: Teatro

Rachel Jesuton Olaolu Amosu sempre foi uma alma dividida à procura do seu lugar no mundo. Nascida em Londres, de mãe jamaicana e pai nigeriano, aproveitou sua graduação na Universidade de Oxford para estudar uma de suas paixões: a América Latina. E foi movida por essa curiosidade – e pelo sonho de viver de música – que desembarcou no Rio de Janeiro em 2012. Já faz mais de cinco anos que Jesuton deixou de ser um fenômeno das praças e de vídeos na web e estabeleceu um lugar sólido na cena musical brasileira. Fez shows por todo o país, emplacou canções nas trilhas sonoras de diversas novelas e homenageou a lendária gravadora Motown com seu primeiro DVD da carreira. Agora, a britânica, que encantou o Brasil com sua voz poderosa, reuniu um time de peso para mostrar que ainda tem muito mais para oferecer. Home (2017), seu primeiro álbum autoral, tem produção assinada pelo reverenciado Mario Caldato Jr. e revela uma compositora com sensibilidade para nos levar em uma jornada de idas e voltas. O clima noturno nos apresenta um universo de conflitos e inquietações em busca de diferentes “eus”, verdades complexas e a vontade de encontrar um lugar confortável – fora e dentro de si – para chamar de lar.

Banda: Jesuton – voz e composições | Robson Couto – Baixo | Isaac Negrene – Guitarra | Bruno Silveira – Bateria

 

05 A 08 DE NOVEMBRO

Residência e intercâmbios artísticos – Crash (Dinamarca/Brasil)

09h às 16h30 | Local: sala de dança e palco do teatro

Residência artística que conta com ensaios e intercâmbios entre os grupos que formam o espetáculo Crash, da Cia Uppercut (Dinamarca) e da crew DF Zulu Breakers (Brasília/Brasil), com a participação de alunos da Escola Sesc e dançarinos de companhias e grupos de dança do Rio de Janeiro.

* Atividades voltadas exclusivamente para grupos agendados.

 

07 DE NOVEMBRO

Oficina de Dança – ‘Crash’ com Cia Uppercut (Dinamarca) e DF Zulu Breakers (Brasil)

19h às 20h30 | Local: sala de dança do Espaço Cultural – 3º andar

A oficina será conduzida por Stephanie Thomasen, coreógrafa do Crash e Diretora Artística da Companhia Uppercut Danseteater em Copenhague, Dinamarca. As atividades incluirão: técnicas de breakdance; técnicas e  conceitos básicos de dança contemporânea; trechos da coreografia do Crash; técnicas e conceitos para dançar juntos (partnering); técnicas e conceitos básicos de uso do chão (floorwork); improvisações explorando aspectos do encontro entre as linguagens de dança urbana e dança contemporânea. Através dos vários exercícios técnicos, os alunos ganharão conhecimento do corpo, dos movimentos próprios e dos outros. Terão uma experiência de trabalhar muito de perto com pessoas de nacionalidades e culturas diversas. Refletirão sobre a dinâmica entre multiplicidade e união baseada na sensação das linguagens de movimentos.

Das 19h às 20h30

Público-alvo: Jovens a partir de 14 anos.

Vagas limitadas.

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