História da Escola

ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO: UM SONHO POSSÍVEL

Em fevereiro de 2008, a Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, abriu suas portas para uma turma de jovens entusiasmados, vindos dos diferentes estados do país.

Eram adolescentes com idades de 13 a 16 anos, contemplados com a oportunidade de inaugurar uma experiência inovadora no cenário da educação no Brasil: ensino médio em tempo integral, em escola-residência, com excelência de qualidade.

A realização deste projeto pioneiro partiu da iniciativa de Antonio Oliveira Santos, presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e do Conselho Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), que reconheceu na construção de uma comunidade educativa a possibilidade de formar jovens sob o signo da diversidade, preparando-os para o mundo do trabalho e para o exercício da liderança e da cidadania.

Seu objetivo declarado era: “Incluir jovens brasileiros na sociedade do conhecimento, com ênfase na educação para a vida”. O projeto acompanha a diretriz institucional do Sesc – Entidade mantenedora da Escola por meio do seu Departamento Nacional – que, desde a sua fundação, em 1946, privilegia a ação educativa, atendendo comerciários e trabalhadores do setor terciário e seus dependentes, e membros da sociedade em geral.

Para desenvolver estudos de implementação da Escola Sesc de Ensino Médio, o presidente da CNC criou, em 2002, um grupo de trabalho do qual faziam parte: Ernane Galvêas, consultor econômico da Presidência da CNC; Arnaldo Niskier, consultor da Presidência da CNC; Albucacis de Castro Pereira, então diretor-geral do Departamento Nacional do Sesc; Claudia Fadel, então assessora da Presidência da CNC; e Lenoura Schmidt, chefe de Gabinete da Presidência da CNC.

Ao longo de 2002, o grupo de trabalho realizou visitas técnicas a escolas de ensino médio do país, com o objetivo de pesquisar modelos de funcionamento que ajudassem a definir a identidade da nova escola.

Ainda em 2002, o grupo de trabalho iniciou viagens ao exterior para análise das condições em que o ensino médio é oferecido em países que primam pela excelência neste segmento. O primeiro destino foram as high schools norte-americanas, escolas-residência de tradição reconhecida, principalmente na formação de líderes.

A equipe visitou a Suffield Academy, em Connecticut, e a Williston Northampton School e a Deerfield Academy, em Massachussetts. O grupo voltou a Suffield ainda outras vezes, sempre com a atenção do professor David Holmes, diretor da escola por treze anos e atual consultor da Escola Sesc.

Em 2003, o destino foi Cuba, onde todas as escolas de ensino médio funcionam em tempo integral. As experiências internacionais influenciaram a escolha do projeto arquitetônico e a definição das diretrizes pedagógicas da nova escola.

PROJETO ARQUITETÔNICO

A escolha do projeto arquitetônico se deu por meio de um concurso realizado em fevereiro de 2004, do qual participaram cinco grandes escritórios de arquitetura, indicados pela Gerência de Arquitetura e Engenharia do Sesc. Para a análise dos projetos foi nomeada uma comissão especial e multidisciplinar composta principalmente por funcionários do Sesc das áreas de Arquitetura, Educação e Administração.

Os trabalhos deveriam contemplar um programa elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o grupo de trabalho, e atender à filosofia e à missão da Escola. Foi eleito o projeto assinado pelo arquiteto Índio da Costa, que se desdobra num campus horizontal, facilitando a integração da comunidade escolar e a multidisciplinaridade.

Especial atenção foi dedicada ao meio ambiente e à ecologia. A instalação de calhas garante o aproveitamento das águas pluviais; os pisos dos corredores são feitos com plástico reciclado; os telhados das instalações receberam uma vegetação rasteira para amenizar a temperatura no seu interior; a coleta de lixo é seletiva e o esgoto sanitário é totalmente tratado. O complexo arquitetônico tem 59 mil metros quadrados de área construída.